sábado, 24 de outubro de 2009

Na corda bamba, prefeituras do Acre correm risco de não pagar 13º

Entre julho e agosto de 2008 e o mesmo período de 2009, a prefeitura do município de Brasiléia perdeu R$ 250.000,00 de investimentos. Segundo a Associação dos Municípios do Acre (AMAC), os prefeitos ainda continuam amargando os reflexos da crise financeira internacional e quem não fez o dever de casa pode não ter caixa para pagar o décimo terceiro salário.

A confirmação é da diretora executiva da AMAC, Telma Chaves, que ainda não ver motivos para comemorações mesmo com os repasses de reposição do FPM realizados essa semana pelo governo federal.

"O momento ainda é de equilibrar as contas, continuar enxugando gastos e fazer cálculos para o pagamento do décimo terceiro. Quem não fez o dever de casa vai ter dificuldades sérias de honrar o compromisso", acrescentou.

Além desse problema a AMAC está preocupada com o poder de recuperação de 50% das prefeituras que ainda encontram-se no SIAF e Cauc [da Caixa Econômica Federal].

"O momento é crucial, porque até o final de dezembro, qualquer brecha de investimento a gente está liberando recursos, mas quaisquer umas dessas duas pendências impedem os municípios de receberem as emendas", comentou.

Entre os municípios, o campeão de pendências é o de Tarauacá do progressista Vando Torquato, com 7 processos, seguido de Mâncio Lima, Manoel Urbano e Porto Walter com 3 pendências, Marechal Thaumaturgo, Porto Acre, Rodrigues Alves e Xapuri com 2 registros no SIAF e Santa Rosa com 1 pendência.

A Caixa Econômica Federal continua sendo a pedra no calcanhar de Aquiles dos prefeitos, ao Cauc devem ser informados os pagamentos de INSS/FGTS e as declarações de como estão sendo gastos os 15% de educação e 25% da saúde e o orçamento de 2009.

"Estamos nas batalhas junto a bancada federal para liberar os empenhos de 2009 e os restos a pagar de 2007/2008. Sem esses recursos não há investimentos em 2010", informou a diretora executiva.

Para quem conseguir se livrar das pendências, Telma assegura expectativas de melhores investimentos em 2010. A mesma análise é feita por economistas brasileiros que esperam a volta do crescimento do país em torno de 5% no próximo ano.

Jairo Carioca - Da redação de ac24horas

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