quarta-feira, 24 de junho de 2015

Parque ambiental Chandless comemora dez anos com programação


Local é considerado um dos mais preservados do planeta, onde a biodiversidade ainda reina soberana, sem a ação direta do homem; por isso, ações de preservação são sempre uma constante. Foto: Diego Gurgel

Em solenidade realizada no auditório da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), a Secretaria de Estado de meio Ambiente (Sema) lançou programação em comemoração aos dez anos do Parque Estadual Chandless. As atividades incluem lançamento do site, exposição de fotografias e realização de seminário.

Trabalhos científicos sobre o Parque estadual serão apresentados na próxima sexta-feira, 26, na Universidade Federal do Acre (Ufac). Segundo o secretário de Meio Ambiente, Edgard de Deus, a intenção é dizer ao mundo que a área do Chandless existe e possui várias riquezas em sua biodiversidade.

“Nossa maior preocupação neste momento é a preservação, para que a gente possa ter um ecossistema conservado no Acre e também deixarmos um legado para as próximas gerações”, defende Edgard.

Sobre o Parque

Localizado nos municípios de Manoel urbano, Sena Madureira e Santa Rosa do Purus, o Parque possui uma área de 695,303 hectares e representa apenas 4,23% do território acreano.

Além disso, é considerada atualmente uma das maiores biodiversidades do mundo e contribui para preservação de espécies da fauna e da flora e ainda como fonte de pesquisas para algumas instituições.

Pelo menos 1.374 espécies animais foram registradas no Parque, entre eles: 71 mamíferos; 63 anfíbios; 40 repteis; 482 borboletas; 71 peixes; 407 aves, das quais 13 são exclusivas da formação de taboca.

“É o que temos de mais requintado do ponto de vista da biodiversidade. Temos uma joia rara no Acre que se chama Chandless”, conclui o secretário.

Fonte: Jornal Opinião

terça-feira, 23 de junho de 2015

Em Manoel Urbano é proibido sentir dor de dente

Posto de Saúde Inácio Ribeiro, Centro de Manoel Urbano.
Posto de Saúde Josefa Nunes, Bairro São Francisco

Conseguir uma consulta odontológica nos postos de saúde de Manoel Urbano tem sido uma missão impossível. Os consultórios instalados nos dois postos de saúde do município estão sem funcionar não por falta de odontologistas, mas pela falta de equipamentos e materiais básicos de trabalho.

Informações de funcionários e usuários dão conta que o atendimento já não existe há mais de um mês. “Já estamos com mais de um mês nessa situação. Todos os dias, pessoas buscam atendimentos, mas nada podemos fazer. O que é passado pra gente da secretaria é que estão vendo a questão de licitação,” disse uma servidora de um dos postos de saúde, pedindo para não ter seu nome revelado.

O problema dos atendimentos odontológicos no município foi um dos temas discutidos na última Sessão Ordinária por alguns vereadores. Para Jefferson Magalhães, vereador do PHS, a situação chega a ser desumano. “No que se refere a questão da falta de atendimento odontológico, eu mesmo presenciei uma criança chorando com dores de dente em uma escola. Levada pelo professor ao posto de saúde, a dentista nada pode fazer pela criança a não ser receitar uma dipirona”, comentou o parlamentar em tom de desabafo.

Outro que não poupou criticas diante da situação, foi o vereador da base do prefeito Ale Anute, o presidente da Câmara, Raimundo Cipriano (Cocão), do PSDC. “Isso que está acontecendo é uma vergonha. É inaceitável que um produtor rural tenha que se dirigir à Sena Madureira somente para extrair um dente. Hoje mesmo vou me reunir com o prefeito para ver o que de fato está acontecendo”, disse Cocão.

OUTRO LADO

Procurado, o secretário de saúde do município Cleyton Marcio, assume que de fato não há atendimentos. Mas, segundo ele, o problema não é falta de materiais básicos, e sim a manutenção de três cadeiras odontológicas que por orientação do Conselho Regional de Odontologia (C.R.O) precisavam de manutenções. “O atendimento não esta acontecendo, não por falta de materiais básicos, esta situação já resolvemos. Na verdade fomos orientados pelo C.R.O a fazer a troca de algumas peças nas cadeiras odontológicas e também nos compressores de ar, as peças foram compradas fora do estado e com a greve da SUFRAMA atrasou ainda mais a entrega”, justificou o secretário.

Manoel Urbano tem uma população estimada em dez mil habitantes e conta com duas dentistas no quadro funcional do município. O problema da falta de atendimentos da saúde bocal dos murbanenses é ainda mais grave na zona rural do município, isso porque, desde janeiro de 2013, os ribeirinhos encontram-se sem nenhum atendimento.

Por Márcio Levy

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Cerâmica pública é usada como garagem e motel em Manoel Urbano


Desativada há dois anos a única cerâmica do município de Manoel Urbano está servindo de estacionamento de carros particulares e até de motel. A denúncia foi feita na página do ‘Facebook Purus Acontece’.

A cerâmica, que em 2011 empregava mais de 20 servidores concursados da prefeitura e chegou a produzir dois milhões de tijolos maciços para o calçamento de ruas, está desativada desde o início da gestão do prefeito Ale Araújo (DEM).

Por telefone, Araújo disse que as denúncias são infundadas. Segundo ele, os trabalhos da cerâmica foram suspensos devido ao período invernoso, onde a produção é reduzida.

“A cerâmica não foi desativada. O que aconteceu foi que por decorrência do período de chuvas e para conter gastos suspendemos os trabalhos e remanejamos os funcionários, mas agora com o fim da chuvas vamos reativar a cerâmica e dar início à produção”, afirmou o prefeito.

“Hoje sem qualquer utilidade, a cerâmica está tomada pelo mato e serve como garagem para populares guardarem seus automóveis. A uma rádio local, Ale Anute justifica sua decisão de fechar a olaria. ‘ Não temos como colocar a Olaria para funcionar. Não temos maquinas e a cerâmica está toda irregular perante aos órgãos ambientais’” diz a publicação.

Para o estudante Adbe Martins, um dos líderes do grupo S.O.S Manoel Urbano, que vem nos últimos meses reivindicando da prefeitura ação em diversos seguimentos, como a manutenção das ruas da cidade, a situação e mais grave do que se apresenta. “Esse local à noite serve de motel. Estou quase desistindo de questionar essa administração, o povo vive pagando impostos para viver na lama como se fosse porco”, disse Martins, questionando a passividade de algumas pessoas diante do caos que vive Manoel Urbano.

Vale lembrar que, o prefeito no início de seu mandato, recebeu maquinários novos, oriundos de solicitações de seu antecessor. Segundo informações, os servidores que prestavam serviços na cerâmica foram remanejados para outros setores.
 
Fonte: Jornal Opinião